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Três em cada quatro famílias de São Paulo têm dívidas no cartão. E agora?

É praticamente uma bola de neve. A crise provocada pela pandemia de covid-19 afetou a renda das pessoas, que, por sua vez, precisaram recorrer a alternativas de crédito. A opção mais simples é o cartão, oferecido pela grande maioria das instituições financeiras. A questão é que essa praticidade tem custo muito alto: quem não consegue pagar a fatura vai precisa arcar com juros elevados – o que só aumenta a inadimplência.

Apenas na cidade de São Paulo, três quartos das famílias (77,7%) têm alguma dívida no cartão de crédito, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). É a maior taxa registrada desde junho de 2012 e contribuiu para o aumento do endividamento na capital paulista – situação comum a 60,9% dos lares. Os dados exemplificam o cenário enfrentado por muitas pessoas nos últimos meses. É preciso, portanto, saber como encarar essa realidade. Confira algumas dicas:


1 – Não tenha medo de conversar

Quando a inadimplência cresce, a primeira coisa que as pessoas precisam compreender é que chegou o momento de conversar e se relacionar com os credores. Ignorar a dívida não vai fazê-la desaparecer como num toque de mágica. Pelo contrário, pode trazer graves consequências, como nome sujo e restrição maior a crédito. Por isso, não tenha medo ou vergonha de pegar o telefone (ou atender a ligação) e conversar com essas empresas. É desse contato que costuma surgir o plano que reduz o endividamento.


2 – Renegocie com os credores

Superado o obstáculo do ponto de contato, é necessário renegociar e buscar os melhores caminhos para o pagamento. Lembre-se de que tanto o devedor quanto o credor querem uma resolução pacífica e rápida para a questão. Portanto, as duas partes têm interesse em negociar para que o valor devido seja pago. Há casos de inadimplentes que conseguem um bom desconto ou até condições mais vantajosas, permitindo adequar a dívida a sua renda sem comprometer o orçamento familiar.


3 – Coloque as cartas – e os dados – na mesa

No momento da renegociação, é preciso que os dois lados sejam transparentes e tenham todas as informações disponíveis em mãos. Isso ajuda a tomar as melhores decisões e evita ruídos na comunicação que podem resultar em problemas futuros. O consumidor, por exemplo, precisa saber o tamanho da dívida, o valor de sua renda familiar, os gastos com as contas, entre outros dados. As empresas, por sua vez, precisam ter ciência do perfil desse cliente e, principalmente, das condições da dívida. Assim, fica bem mais fácil chegar a um denominador comum.


4 – Busque alternativas para o pagamento

Em uma negociação, é essencial contar com alternativas caso a estratégia principal não atinja o resultado esperado. É o famoso “plano B”, comum a diferentes negócios. Curiosamente, uma das soluções mais eficientes é “trocar” a dívida do cartão de crédito por outro tipo de dívida, desde que tenha taxas de juros mais baixas. Essa tática mantém a família endividada, mas evita a inadimplência. A ideia é simples: com juros menores, é mais fácil incluir esse financiamento no orçamento familiar, permitindo o pagamento em prestações menores. Entretanto, há outras opções que podem ser conversadas entre as partes, como explicado no primeiro tópico.


5 – Planejamento e educação financeira

Ninguém assume uma dívida porque quer. É a necessidade que leva a pessoa a recorrer ao cartão para pagar suas contas e seu consumo básico. Contudo, uma vez que a família passa por esse problema, ela certamente tira uma lição valiosa para o futuro: a necessidade do planeamento e da educação financeira. O cenário de dificuldade obriga as pessoas a buscarem informações e pesquisarem sobre o tema. A educação financeira é um dos principais problemas da população brasileira, mas, a partir do momento em que passam por isso, os consumidores aprendem a dar valor a seu orçamento familiar.

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